REDE DE DESAPOIO

REDE DE DESAPOIO

Hoje vamos conversar sobre a importância da rede de apoio principalmente nos primeiros meses do bebê. Ter alguém que possa segurar o bebê enquanto você toma um banho, ou dormir um pouquinho, alguém que faça uma comida quentinha, que brinque com o irmão mais velho enquanto você amamenta o recém-nascido não tem preço.

Mas mais do que te dar esse merecido tempo, mais do que aliviar o peso das pequenas tarefas do dia a dia, a verdadeira rede de apoio TE RESPEITA COMO MÃE.

Olhar para a mãe e pensar o que eu realmente posso te apoiar sem te desrespeitar ou desmotivar. Só quem é mãe, e principalmente nos primeiros 10 dias após o parto, sabe que o cansaço, a lágrima, irritabilidade, confusão e ansiedade, assombra a mente das puérperas e muitas desconhecem que é fisiológico da mulher no pós-parto a chamada cascata hormonal, mais conhecida como Baby Blue. É função da rede de apoio identificar e deixar esta mãe mais segura, assim como ajudar a mãe com o seu bebê. Da mesma forma que se estes sentimentos persistirem, um acompanhamento com profissional especializado deve ser acionado imediatamente, consulta com o seu obstetra, pediatra, psicólogo ou alguém de sua confiança.

Muitos são mitos e verdades sobre a amamentação, mas um conselho muito importante para a rede de apoio é: Se não tem certeza, e principalmente não foi pedido ajuda, não opine sobre o cuidado com a mãe e o bebê. Identifique que você é um apoio, e não a sustentação deste vínculo familiar, se funcionou para você pode ser que não funcione para esta família e este bebê. Hoje existem profissionais especializados para ajudar a família na chegada deste recém-nascido, e a empresa Baby Best Care consultoria em amamentação e cuidados com o recém-nascido disponibiliza este atendimento.

E aí entramos na rede de apoio familiar, o pai, aquela avó materna ou paterna, a tia e madrinha sedenta por ajudar a cuidar do bebê indefeso, fofo e cheio de dobrinhas, sem falar do cheiro e da alegria que um recém-nascido trás! Até aí está tudo bem! Mas e a mãe? Precisa de algo? Ela dorme? Se alimenta adequadamente, tem um tempo para ela tomar um banho? Pensar na mãe é de suma importância.

Deixa eu explicar, não basta sua rede de apoio falar: - Vou olhar o bebê, se ela diz que “vai olhar, mas do jeito DELA”, ou que “só olha criança que chupa chupeta, ou que vai dar formula”. De nada adianta alguém ficar com o seu bebê enquanto você trabalha, se escondido ela dá fórmula ou bolacha maisena, doce sem a sua permissão. De nada adianta a sogra ou sua mãe vir te ajudar se ela só fica fazendo comentários sobre como o seu bebê está magrinho, como seu leite não sustenta ou como ela “ofereceu fórmula para o filho dela desde sempre e ele era forte como um touro, nunca adoeceu”...

Uma verdadeira rede de apoio não questiona suas decisões como mãe, e muito menos passa por cima delas. O nome disso é DESRESPEITO.

Quero que entenda, não significa que sua família não te ama, ou não ama seu bebê? Absolutamente não! Provavelmente estão com as melhores intenções possíveis, afinal criaram você e mais tantos outros filhos e estão todos fortes e saudáveis. Certamente eles só querem te ajudar, no entanto, nenhuma mãe gosta de ser desrespeitada.  

Ninguém nunca te falou que dói para uma mãe a seguinte frase “ Eu não consegui amamentar, você também não vai e tá tudo bem”! Não! Não está tudo bem, nunca desmotive uma mãe que quer amamentar seu filho, por mais difícil que seja ela vai conseguir, basta uma rede de apoio, toda mulher é capaz de amamentar seu filho, desde que não haja contraindicação clínica.

Acredite que para o pai não é nada fácil, muitas vezes tudo é novo, não sabe bem qual o seu papel entre esta mãe e o bebê. Atualmente os pais estão buscando formas de se tornar mais presente neste período pós-parto, o pai dá o banho, troca fraldas, coloca o bebê para dormir, cozinha para a sua esposa, cuida com todo o seu amor e dedicação da sua família e como é importante para a puérpera neste momento.

E por fim, ser mãe e pai é um contínuo aprendizado, todos os dias conhecemos o nosso filho aos poucos, o choro, o sono, a rotina e conforme vão crescendo vão nos ensinando. Erros são formas de aprendizagem, mas a maternidade e paternidade é assim. Se eles precisarem dos palpites, pode deixar que os pais vão perguntar, principalmente se se sentir seguros e respeitados. Quando o desespero bater vamos aceitar a ajuda que tiver, mas é importante você saber que nem toda “ajuda” é bem-vinda.

Rede de apoio de verdade é empatia e respeito pelo bebê, por este pai e principalmente pela mãe. Entenda que é um momento de descobertas, criação de vínculos e segurança com a chegada do bebê. 

Carine Martins
Enfermeira 
Criadora da empresa Baby Best Care
Consultora em Amamentação
Conheça nosso perfil : @Babybestcareconsultoriamaterna